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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Acreditar...

   E aí sobrinhada, tudo joia?

   Esse post aqui não é de piadas, não vai ter um russo sem noção, ou um japonês maluco, nem nada do gênero. Esse post é só para escrever um pouco, então se você não gosta de ler, sinta-se à vontade para pular.... certamente tem muita coisa que você pode achar mais divertida aqui no site.. (dá uma olhada nos posts mais populares ali do lado).

   Algumas semanas atrás, eu fiz uma viagem relâmpago para o litoral. Coisa de maluco mesmo, saca? Viajar mais de 1000 quilômetros em menos de 48 horas para ir e voltar, mas querem saber? Foi totalmente necessário para recarregar as energias na beira do mar. Deixar a água salgada lavar um pouco de todas as coisas que estavam me tornando amargurado, e me paralisando.

   E além disso a viagem me fez pensar um pouco sobre a vida, o universo e tudo o mais,  e uma pergunta vem me atormentando desde então.

   Em que momento de nossas vidas, deixamos de acreditar?

   Isso mesmo.... é essa a pergunta.



   Quando somos crianças, acreditamos em muitas coisas (ou ao menos quando eu fui crianças, nós ainda acreditávamos). O medo do escuro, justificado pela existência de monstros embaixo da cama, dentro do armário, ou qualquer coisa do gênero. E aqui conto que meu medo era de um pirata fantasma em preto e branco, com o qual eu as vezes sonhava (sim, eu sei que não faz muito sentido, mas é isso mesmo).

   Acreditamos nas histórias que nos contam (se é que hoje ainda se contam... quem aí conhece a história do "Mata Sete"? Eu ouvia e re-ouvia esta história de meu avô, sempre feliz de ouvir as proezas do alfaiate (aqui uma animada da história)


   Lembro da primeira lembrança, algo consciente (daquelas época que nos lembramos de fatos isolados apenas) de um tio (e que existe ainda uma chance talvez de que eu tenha fantasiado isso, uma vez que nunca perguntei a ninguém sobre a veracidade da lembrança, mas afinal, o que vale é a afeição que a memória causa, e não necessariamente a memória em si), e que nos primórdios da infância semi-cônscio de minha existência, me fez acreditar piamente que ele era mágico.

   O motivo?

   Nessa primeira memória, ele tinha um céu dentro da casa dele. Com estrelas brilhando a noite.


   Bom, no fim das contas, a magia dele, eram apenas adesivos, mas na época, era nada menos que pura magia.

   A pergunta veio à minha mente, depois de ver na viagem de volta, uma torre de chaminé de alguma fábrica abandonada, que não sei qual é.. mas é daquelas de tijolinho... redondas e altas... e da estrada podemos ver apenas o alto delas, e um pouquinho do teto, e quando eu era criança, meus avós, nas viagens de volta da praia, ou de São Paulo, falavam para a gente (meu irmão e eu), que eram as torres de um castelo encantado, e que acreditávamos plenamente.

    Quando somos crianças, acreditamos que podemos fazer aquilo que acreditamos. Aquilo que queremos. Que podemos ser heróis, astronautas, cientistas (eu fui tudo isso um pouco em minhas fantasias).

   É claro que não podemos ser um herói como os das histórias em quadrinhos, mas não é isso o que quero saber... A pergunta, é quando deixamos de acreditar que somos capazes? Que somos aptos a fazer aquilo que queremos, que gostamos?

   Em algum momento, deixamos que as pessoas passem a nos dizer o que fazer. Que nos digam quem devemos ser, e passamos a agir conforme esse conceito de comportamento (não estou dizendo que não devemos ter orientação do que devemos ser ou fazer, afinal, é uma sociedade), mas isso não deveria significar que não podemos acreditar.

   Porque no fim, é isso o que conta. Quem você quer ser?

   Vai ser fácil? Vai ser simples? Não e não.

   Mas o mais importante e que as pessoas que realmente importam, vão estar do seu lado para lhe ajudar a chegar lá. Mesmo que no fundo elas não concordem com aquilo. Mas se elas se importam, vão ajudar. Vão estar com você.

   A felicidade, será uma consequência de se sentir realizado por ser quem você realmente quer, e não quem querem que você seja.

   (E eu finalmente comecei a entender isso).

   E pra encerrar (sim, se você leu isso até aqui, meus parabéns, sinta-se a vontade inclusive para me xingar nos comentários se achar válido), uma tirinha retirada lá do Zen Pencils, que eu não vou traduzir, mas que é fácil de se entender, e fala com menos palavras (afinal o cara que escreveu era só um POUCO melhor que eu), o que tentei falar aqui....

(cliquem e abram em outra aba para ver maior)

   Então, só digo o seguinte...

   Acreditem!
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